É só a ponta do iceberg

Sempre me perguntei “Por que somente aquelas pessoas que fazem um carnaval para cada pum que soltam são as que são reconhecidas?” e muitas vezes elas nem fizeram o espetáculo, elas apenas armaram o circo…

Mas e se é assim que funciona e armar circo não é muito sua cara? Ninguém vai te reconhecer?

Nunca imaginei que fosse numa orientação de TCC que eu encontraria a resposta.

O fato é que as pessoas te avaliam apenas pela porcentagem visível do seu trabalho, te julgam com base na ponta do iceberg, embora, um olhar um pouquinho menos preguiçoso possa enxergar as coisas incríveis que há mais pra baixo.

Durante a vida nos é ensinado muitas coisas que só fazem sentido quando você vivencia, justamente por causa dessa tendência de enxergar o superficial ou de se contentar com explicações genéricas, rasas, ou até mesmo, vazias.

Nas questões profissionais apresentam muito disso, uma delas é, por exemplo, “O segredo do sucesso está em fazer aquilo que realmente gosta”, ok, mas eu me pergunto “E??? Quê mais???”. Só que é mais que isso.

A gente aprende desde pequeno que sucesso está intrinsecamente relacionado ao reconhecimento, mas hoje, tenho pra mim, que o sucesso está bem mais para auto-realização do que para o reconhecimento alheio. Pois, se o que enxergam é só a ponta do iceberg, ou o circo que você arma, e não todo o esforço empreendido e nem todo o conhecimento apreendido e também gerado, se o que você entende por sucesso é tão pequeno quanto o receber o reconhecimento alheio, lamento informar… as premissas indicam que você será um eterno fracassado!

Pra mim, o grande segredo do sucesso está mais para… “Divirta-se pelo caminho!”. Faça para um bem maior, faça o que te faz feliz, oque te motiva, o que te brilha os olhos, faça por você! Porque no fim o único reconhecimento que realmente importa é o seu, e não serão tapinhas nas costas que vão te levar para frente, ou melhor, para cima.

Então, não importa o quanto eu me sinta perdida hoje, se para ter esse sucesso, com toda a definição que dei para ele, eu tiver que testar várias opções, que seja! Não importa se para alguns isso pareça instabilidade ou coisa assim, porque não existirão escolhas erradas, haverá apenas aprendizado e muita diversão pelo caminho, por que outra coisa que também aprendi foi que todas as respostas que eu já procurei até hoje, só encontrei quando não estava exatamente… procurando.

@rosannats

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Odisseia Hospitalar

Ir ao hospital é sempre uma tarefa meio árdua que a gente costuma postergar ao máximo, certo? Sim. Hoje não importa muito se você vai passar pelo seu plano de saúde ou particular, a coisa é sempre igual: senhas, espera, triagem, espera, exames, espera, medicação e mais espera… A menos que você tenha super-mega-blaster-advanced plano de saúde e disponha de certa de R$1000 por mês para gastar com ele, porque disso eu entendo.

Fiquei muito mal esses dias e fui adiando até que uma dor insuportável na cabeça me despertou às cinco da manhã e não me deixou mais pregar os olhos… já que dormir não era uma opção, me rendi e fui… e aí começou a Odisseia.

Fui ao primeiro hospital até que estava vazio, me chamaram rápido, tudo ótimo e bom demais pra ser verdade, o médico era maluco!! Não fez exame nenhum e me receitou, não confiei no atendimento dele mas passei na farmácia e vi que seria loucura comprar o remédio que o cara passou: fortíssimo e caríssimo!! Se ele tivesse feito algum exame até ok, mas não… saí da mesma maneira que cheguei.

Então fui ao segundo hospital, lotado, a bateria do meu celular acabando e eu sozinha, fazer amizade em hospital não rola, o povo só tem um assunto: “O quanto estou morrendo mais do que você”. Aff, então essa não era uma opção.

Eu já disse o quanto a gente espera num hospital né? Estava eu ali, sem bateria, sozinha e com a mente ociosa… Escolhi não ficar mal humorada e comecei a observar o povo lá e a dar risada sozinha com as ceninhas alheias.

Meu!! Já percebeu como as pessoas fazem cena num Pronto Socorro? Primeiro que todo mundo faz cara de que está morrendo, anda se arrastando, meio em câmera lenta e tal, mas tem uns tipos específicos de paciente e acompanhantes, seguem os mais recorrentes:

Tipo #1 – Acompanhante barraqueiro: é assim o paciente faz cara de dó, de dor, de dengo, de tudo, geme um pouquinho de vez em quando, aí quando faz uns 10 minutos que estão ali esperando e nenhuma senha é chamada, eis que se levanta a fera – uma mãe enlouquecida – arma um barraco básico e quer falar com o gerente (nem sabia que hospital tinha gerente, mas vá lá, achei que seria tipo “médico-chefe”, alguém me fala depois), só olhei e senti vergonha alheia.

Tipo #2 – Paciente que dó, que dó: esse tipo geralmente está desacompanhado,  se arrasta e choraminga pelos cantos, olhos marejados, sabe? Eu acho que eles pensam que se despertar a compaixão dos atendentes e médicos vão ser atendidos mais rápido ou vão ganhar mais dias de atestado.

Tipo #3 – Paciente rabugento: esses irritam bastante, reclamam de tudo, e aí de você se não concordar com eles! Não seja louca, não faça isso, tá? Finge que concorda e sai de perto, mau-humor é contagioso e um dos sintomas terríveis é fazer o tempo passar bem devagar.

Tipo #4 – Estrelinhas: isto resume: “Paciente: – Está levando quando tempo até o atendimento?”, “Atendente: – de 1 hora e ½ a 2 horas”, “Paciente: – Mesmo eu pagando particular???”, “Atendente: – Sim”, “Paciente: – Nossa que absurdo! Não tem um atendimento especial?”

Eu parei de observar um pouco quando a enfermeira enfiou a agulha enorme no meu braço e ficou cavucando e procurando minha veia com a agulhona lá dentro, mantive a calma e falei: “tá difícil de achar minha veia né?”, na verdade eu tava dizendo: “caramba, pega logo uma agulha de criança e acerta de primeira, por favor!”.

Lamentei não estar com uma caneta e um papel na hora, porque no calor da emoção esse texto teria ficado muito mais legal… tinha de tudo lá.

No fim das contas o médico do segundo hospital não era tão mais atencioso que o outro, uma vez eu li que com o tempo os médicos que atendem uma grande quantidade de pessoas por dia, começam desumanizar a coisa, e age como outro profissional qualquer, como alguém que bate carimbo, por exemplo. Mas pelo menos confiei mais nele, tomei alguns remédios na veia, uma injeção e outros pra tomar em casa.

Ahh… você não acha super constrangedor tomar injeção intramuscular? Nunca é uma enfermeirA, é sempre um enfermeirO e você nunca sabe se abaixa um pouquinho mais ou um pouquinho menos sua calça… tanto músculo no corpo, porque tem que ser justo nesse a injeção? Me conta? E o cara ainda te olha e fala “relaxa”.

Gastei o dia todo nessas de vai e volta, toma isso, toma aquilo… pelo menos saí de lá um pouco melhor, sem saber com certeza o que eu tive, mas melhor!

@rosannats

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Baladas com Amigos Gays

Sou mulher, heterossexual e tenho amigos gays! Adoro!

Em uma das milhares de conversas que tenho com eles, um dia qualquer, um vira e fala:

– Vamos pra balada…

E eu respondo:

– Uhuuuu, vamoooos já to na vibe!!! Tutz, tutz, tutz!

Ele solta:

– Gay?

Ai eu: – OI?

– Vamos, vai ser legal, você vai adorar!!!! A música é boa, a iluminação é sensacional e as pessoas são super divertidas!

– Vou? Não vou? Vooou? Não voooou? Ah tá bom vai, não tô fazendo nada mesmo! Eu vou!

– Uhu! Só não se esquece de dar um tapa nessa peruca que tá rebelde e turbina essa dieta pra arrasar na pista! [sinceridade extrema do amigo rs]

Realmente, as pessoas são mega animadas, o som é o melhor e a iluminação fora de série!

Mas queridas, já aviso! Pra você que nunca foi, esteja preparada para cenas de pegação! Eu não tenho preconceito, mas da primeira vez fiquei chocada! O meu susto não foi ver pegação alheia, foi pegação de conhecido! Rs.

Estava eu entre uma jogada de cabelo e outra, quando de repente olho para o lado e: TIREEEEEEEEEEEEM AS CRIANÇAS DA SALA!!! APARTA, APARTA QUE É BRIGA!!!!! SOLTA ELE, SOLTA! OPS… NÃO É BRIGA =X

Ufa, passou! Isso foi só em um primeiro instante, depois passa!

Aí tem gente que pergunta assim: Ai você não tem medo que uma menina pense que você é gay e te agarre?

– Não!

Primeiro que na maioria das vezes eles sabem quem é o quê… E mesmo que não saibam vão chegar pra conversar e você solta um: – Sou hetero amiga… E pronto!

Alguém só vai te agarrar caso você esteja fazendo a dança do acasalamento que nem uma louca varrida em volta da pessoa! Fora isso, relaxa meu bem!

E prepare-se para ver MUITOS CARAS GATOS que jogam no mesmo time que você, rola uma depressão momentânea porque você vai achar um desperdício, mas a gente supera!

Fui e voltei!

Sabe quando você quer dançar como se ninguém estivesse olhando? Lá é o lugar!

Marcella

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O limite da tolerância

Sempre tive por princípio que as adversidades da vida deveriam ser solucionadas de forma pacífica, sempre preservando os envolvidos de qualquer constrangimento. Sempre penso: “deixa pra lá, essa pessoa não sabe o que está fazendo…a vida vai tratar de ensiná-la…”

Agi assim por muito tempo em todos os setores da minha vida: pessoal/afetivo, familiar e profissional.

Acontece que esse meu comportamento acabava causando nas pessoas um certo “conforto”, do tipo “posso fazer qualquer coisa contra ela, que ela jamais reagirá”.

As pessoas realmente se sentiam (e algumas ainda se sentem) confortáveis em tudo: falam o que querem, agem como querem, independentemente das consequências.

E o pior de todo: percebi que eu sofro com isso. Claro que depois de muito “stress” e cansaço inexplicáveis acumulados….

Portanto, resolvi mudar. Cheguei no meu limite de “tolerância” e não vou mais permitir que ninguém, absolutamente ninguém, me perturbe sem assumir as devidas consequências. E isso está ficando evidente em tudo. Não que eu tenha me tornado uma pessoa vingativa, mas estou tratando de mostrar para as pessoas que elas DEVEM ser responsáveis por suas atitudes.

E o mais importante, acho que o mais difícil pra mim nesse processo todo… quando alguém me ofende, estou aprendendo a dizer “Você me ofendeu e eu não vou permitir isso”.

Política e diplomacia são a partir de agora utilizadas por mim de um modo diferente. Assumi esse compromisso comigo, independentemente da posição política, social ou econômica de quem me perturbar. Acredite nisso!

E como diz minha amiga, se você duvidar, ME TESTA!

A.D.

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INCONVENIENTE

Ao longo da vida acho que todos nos deparamos com seres inconvenientes, não é mesmo?

Pessoas que, por algum motivo, têm certas atitudes que não dá para entender e que irritam MUITO.

Sabe quando você está em uma conversa particular e você quase precisa abrir um guarda-chuva porque chove ganso? Ou então porque o quilo do pescoço entrou em oferta?

Existem pessoas que não sabem qual é a sua posição dentro do ambiente em que se encontram e acho que para tentar não se sentir de fora do contexto, acabam se intrometendo na conversa alheia… Sem serem chamados e com comentários mais que DESNECESSÁRIOS.

Ou então quando o ser não tem o que falar e fala besteira ao invés de ficar quieto. Parece que não sabe que às vezes é melhor se calar e deixar as pessoas pensarem que você é tolo do que abrir a boca e não deixar dúvida alguma.

 

 

 

 

 

Porém, acho que o que mais irrita é aquela pessoa que acha que é melhor que todo mundo, pensa que é dona da verdade e ainda por cima, não sei por que motivo acredita que todas as pessoas ao seu redor a admiram, quando na verdade ninguém a suporta.

Às vezes eu acho que é ingenuidade…

Às vezes eu acho que é falta de semancol…

Às vezes eu acho que a pessoa sente prazer em ser desagradável…

E às vezes eu acho que a pessoa adora tentar ser o centro das atenções…

Em alguns casos acredito que seja um mix de todas essas coisas…

E o que fazer quando nos deparamos com esse tipo de gente?

– Bater boca loucamente até alguém desistir da discussão e sair um “vencedor”?

– Tentar explicar para a pessoa de um jeito sutil e amigável que o comportamento dela não está legal e que ela deveria reavaliar sua postura?

– Fazer um torniquete no pescoço do ser em um momento em que a nossa irritação chegar ao limite?

– Ignorar?

Acho que se a pessoa é minha amiga eu tento sentar para conversar e falo o que eu penso… Caso contrário… Apesar da vontade de fazer um torniquete se tornar uma constante… Eu opto por ignorar, pois não vale a pena nos desgastarmos com certas coisas ou pessoas…

Muitas vezes os prejudicados somos nós mesmos que só aumentamos nosso nível de stress…

Às vezes simplesmente não vale à pena o desgaste…

A única coisa que eu tenho certeza é que a vida ensina lições para nós e que enquanto não aprendermos e enxergarmos o que temos que mudar, continuaremos “apanhando” até aprender.

De gente inconveniente eu quero distância, mas se não for possível eu prefiro ignorar.

Marcella

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SOB PRESSÃO

1- “VOCÊ ainda não resolveu o problema do Cliente? Se não resolver, vamos perdê-lo. E olha que ele representa muito para o faturamento da nossa área…Eu sei, eu sei que a dívida é antiga e que não temos documentos que comprovem que o Cliente tem razão, mas se vira! Estamos sendo pressionados!”

2- “VOCÊ precisa ir até o Tribunal e falar com quem for preciso para conseguir a certidão. Se não conseguir, não vamos fechar a operação. E mais uma vez, perderemos o Cliente. Dois dias pra resolver o assunto? Ainda bem que deu tempo, obrigado.”

3 – “Alô, onde VOCÊ está? Ah, nada urgente. Quando VOCÊ chegar a gente conversa….é que todos os estagiários da área resolveram pedir demissão. Hoje. É porque eles entendem que estão trabalhando demais.”

4- “Que bom, que surpresa agradável! Resolvi sair durante a semana para espairecer e encontrei VOCÊ! Tão linda! Adorei…a noite com VOCÊ foi especial! Como eu faço pra TE ver de novo? Ok, anotei seu telefone!”

5- “Alô, DRA.? Bloquearam as contas correntes da nossa empresa. Como vamos pagar a folha de salários? Por favor, resolva o quanto antes!”

6- “Bom dia! Quem vai resolver o problema daquela multinacional? Vamos resolver sim, assim que ELA for para Brasília e falar com o Presidente do Tribunal e com o Conselheiro que não quer atendê-LA por telefone…mas olha, certeza que ELA conseguirá. Nem que pra isso fique lá o tempo que for necessário. Está em boas mãos!”

7- “Na quarta-feira tem o julgamento daquele caso importante no Tribunal em São Paulo. ELA está preparada, conhece o caso. É só vestir a beca e fazer a sustentação oral. Mas antes, claro, ELA precisa conversar com todos os julgadores em seus gabinetes.”

8- “Na quinta-feira tem o julgamento daquele caso trabalhista em Campinas. ELA não é especialista, mas trabalhou no caso e já conseguiu a liminar. É só vestir a beca e mandar a ver!”

9- “DRA. o Cliente está na sala de reunião e quer dar um palavrinha com a SENHORA. Oi, tudo bem? Eu só estarei bem se a DRA. me der boas notícias…queria te perguntar se VOCÊ já cuidou daquele caso eu te entreguei na semana passada. Sabe como é…é um caso do meu amigo pessoal, ele está aflito e não dormirá enquanto VOCÊ não resolver.”

10- “DRA., posso marcar as entrevistas para que horas?”

11- “Alô, tudo bem? Olha, acabou o amaciante, a cândida e o lustra móveis. Para quinta-feira eu não tenho produto pra fazer a limpeza. VOCÊ pode comprar tudo até amanhã? Aproveita e compra uma tábua de passar nova porque a que está aqui não presta mais!”

12- “Prezada DRA., a diretoria da nossa empresa decidiu que prefere que os profissionais de São Paulo (da sua equipe) resolvam o nosso problema no Ceará. A DRA. poderia

confirmar o recebimento do email, bem como a data da viagem? Estamos com urgência. Atenciosamente.”

13- “Oi AMIGA! E aí, ele TE ligou? Não? Ah, tenho certeza que ele vai ligar. ‘Calm down’! Beijo!”

14- “VOCÊ tem um minutinho? Ai, a sua mãe me disse que se eu tivesse algum problema eu poderia TE ligar…olha, a minha filha foi demitida e a empresa quer que ela cumpra o aviso prévio trabalhando. É certo isso?”

15- “Estou saindo de férias e vou deixar uma procuração com VOCÊ pra resolver umas questões pessoais na minha ausência.”

16- “FILHA, tudo bem? Estou sentindo sua voz triste…faz dez dias que VOCÊ não liga pra sua mãe…está tudo bem? Eu e seu pai estamos indo pra São Paulo. Precisamos ficar mais perto pra saber se realmente está tudo bem…VOCÊ diz sempre que sim, mas eu não sei, eu sinto que não…”

17- “Oi mãe, vi seu recado. Fique tranquila, está tudo bem COMIGO. Os últimos dias foram um pouco movimentados. Mas, acredite, está tudo bem. Sempre está…ou melhor, tem que estar.”

A.D.

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Insectofobia

 

Insectofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante dos insetos

Com essa definição em mente… Hoje é dia de desabafo…

Quem não me conhece nem desconfia que por trás desse 1,75cm de altura esconde-se um ser que tem PAVOR de insetos…

Não, eu não sei explicar por quê!

Sim, eu sei que os insetos que tem medo de mim e que eles não vão fazer nada demais…

Mas sei lá! É incontrolável, não tem como explicar!

O máximo que eu enfrento é uma mosca, um pernilongo e formigas… E olhe lá hein… Porque se for uma daquelas formigas gigantes que se pá carrega um sabugo de milho nas costas… Eu corro!!!

Eu sei que é ridículo, mas fazer o quê! Tenho medinho!

E é aquela coisa, parece que os insetos sabem que eu tenho medo, porque eles me perseguem… SÉRIO! Tenho fatos que comprovam…

Por exemplo, quando eu era pequena, de idade né, porque pequena mesmo nunca fui… DUAS VEZES, NÃO UMA… DUAS VEZES entrou uma MOSCA DENTRO DO MEU NARIZ!!! Como assim… Acho que por isso sou traumatizada! Sem saber o que fazer, rola um trimilique incontrolável e eu me estapeava na cara para me salvar! Sobrevivi! Ufa!

Fora uma vez que eu estava no elevador do prédio com um senhor japinha super quieto e simpático… E escuto um Bzzzzzz… O som vinha de cima da MINHA CABEÇA!! Como quem não quer nada, dei um leve tapa na minha própria cabeça discretamente! O japa já me lançou aquele olhar de canto! Não foi suficiente! A mosca não foi embora! Dei mais uns três leves tapas – ok não foram leves – na minha própria cabeça tentando não esboçar desespero na frente do coitado… Em vão! Eis que graças a Deus o elevador para no andar dele! Dei um tchau sem graça e ele me olhando e provavelmente pensando: – Que estranha! Assim que ele saiu do elevador dei uma de loka do bairro me estapeei mais umas vezes, só que dessa vez gritando! Bem normal! Ufa! Chegou meu andar, sobrevivi novamente.

É aquela coisa, quando estou perto de estranhos eu até tento me controlar para não passar muita vergonha, mas é complicado.

Em outra ocasião, estava eu, andando em direção a lotação para voltar pra casa, eis que aparece uma BORBOLETA no meu caminho! Não, não acho bonitinha! Sim, eu fujo! Ela vinha na minha direção e não ia desviar! Era pessoal, certeza! Quando chegou perto, eu desvio dela como na cena do filme Matriz que o Neo desviou em câmera lenta das balas, bem de boa, ninguém me achou anormal não, relaxa!

Outro dia estava vendo filme sentada no computador, com uma fresta da janela aberta! Do nada escuto um POF! Um grilo do tamanho de uma pomba – ok era menor –  parou na minha janela, em dois segundo eu já tinha pulado da cadeira e tava no corredor gritando: – PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI!

Outro dia, estava dentro do ônibus, quando percebo que um daqueles bixos cascudássos pousou na MINHA BOLSA! Tanta gente no busão e ele vem ME PERSEGUIR? Para, né! No desespero a única coisa que tinha na minha mão era o santo bilhete único, não deu outra, no impulso dei uma raquetada no cascudão e ele saiu rebatendo pelo ônibus e todo mundo olhando pra saber o que era e eu pra disfarçar também procurei como se não soubesse o que tinha ocorrido!!

Fora na garagem do prédio que eu costumo brincar de quadrilha de festa junina na parte do: – OLHA A COBRA! Sempre que avisto uma barata!!

E tenho outras histórias, mas acho que já deu pra entender!

Insetos me perseguem!

Sim, eu tenho medo!

Não, não sou normal!

Marcella

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A Banana pretende comer o Macaco…

Pertenço a uma geração que foi educada a dizer “muito obrigada”, “por favor”, “com licença”, além de respeitar as pessoas, independentemente de classe social, cor, raça, credo, mas, principalmente, os mais velhos, professores, e aqueles superiores a mim no meu ambiente profissional.

Ultimamente o que venho observando é que alguns valores estão mudando. Por óbvio que ainda há exceções, graças a Deus, mas as pessoas não estão preocupadas em assumir suas responsabilidades. Além disso, o egoísmo se mostra como a nota fundamental das atitudes no convívio social.

O trânsito de São Paulo é um excelente laboratório para observar o que estou querendo dizer…as pessoas estão tentando fazer “justiça” (=aquela que lhes convém) com as próprias mãos!!!

Ontem mesmo uma amiga comentou comigo que ela cometeu um deslize no trânsito, pois precisava entrar em uma rua à esquerda e estava com o carro posicionado na faixa da direita. Ela ligou a seta, fez sinal para o carro que trafegava atrás dela, já se desculpando com um aceno, mas indicando que precisaria virar à esquerda. A mulher que dirigia o carro atrás do dela, simplesmente ficou furiosa, seguiu-a até quase o seu destino final. Quando ela me contou essa história, fiquei horrorizada…quem dirige sabe que as vezes erramos o caminho e que pedimos desculpas, enfim, coisas normais…Mas será que aquela mulher que a seguiu estava somente furiosa por conta do equívoco cometido pela minha amiga? Será que a atitude dela não foi, no mínimo, desproporcional ao suposto desconforto que a minha amiga causou a ela no trânsito?

Pois é, mas parece que as pessoas não estão querendo fazer o esforço de compreender as razões do outro…infelizmente…

Outro excelente laboratório é o ambiente de trabalho. Hoje em dia a maioria dos profissionais, principalmente os que estão no início da carreira, não está preocupada com a boa educação, com a dedicação e a responsabilidade que a vida profissional exige. Não é difícil verificar, por exemplo, a utilização do email e do programa de mensagens instantâneas corporativos para finalidades outras que não o trabalho.

Além disso, as constantes interrupções durante o horário de trabalho, sem solicitar a devida licença…os famosos, “com licença, posso te interromper um minuto?” ou ainda…”você está ocupada, posso te interromper?”…são atitudes educadas e cabem sempre, em qualquer circunstância profissional, independentemente da sua posição…

Outra atitude bastante comum é a do profissional que só reclama do excesso de trabalho, que diz que não tem tempo para estudar por culpa da empresa ou do “chefe”, que necessita trabalhar menos e ganhar mais, pois não está sendo “valorizado” ou “reconhecido”. Ou seja: o mundo conspira contra ele.

É claro que cada caso é um caso, mas é muito fácil transferir para o outro a responsabilidade que lhe pertence. Ao ingressar em um curso ou em uma universidade não é novidade para ninguém que o estudo irá demandar dedicação. Agora, o que acontece na maioria das vezes é que o estudante deixa para estudar as matérias na véspera da prova. Aí, não há milagre! É óbvio que a pessoa estará sobrecarregada…

Fato é que sem o esforço pessoal, via de regra, não há como ser bem sucedido profissionalmente. Aquele que apenas se lamenta e não se esforça para fazer a diferença no ambiente de trabalho, certamente não terá chances de crescimento. Eu sempre digo que devemos nos esforçar para benefício próprio. Além de aprendermos mais, há chances de sermos promovidos com maior facilidade. Ou ainda, há chances que outro profissional nos observe e nos convide para trabalhar em outro lugar. Por que não? Costumo dizer que tem sempre alguém “dobrando a esquina” e quando menos esperamos, somos compensados pelas boas atitudes de boa educação, dedicação, comprometimento e responsabilidade.

Não quero generalizar as situações, dizer que estou certa ou errada, e muito menos dizer que o segredo do sucesso residiria na constante resignação diante das adversidades da vida. Longe disso…apenas acredito que deve haver um mínimo de urbanidade no convívio social e que as pessoas devem ser responsáveis por suas atitudes.

Acredito que isso é maturidade: respeitar os outros e assumir as rédeas da sua vida. Assumir as consequências, boas ou ruins, das suas atitudes. é fato que não acertamos sempre, mas é o que podíamos fazer naquele momento. Agora, transferir a “culpa” dos nossos “desacertos” ou dos nossos desafios pessoais às outras pessoas é que faz com que a vida traga a sensação de que tudo está paralisado e que o mundo está “conspirando” contra.

A.D.

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A Educação manda lembranças…

Acredito que não sou a única pessoa que fica indignada com a falta de educação de alguns indivíduos que circulam pelas ruas todos os dias…

Quando penso que já vi de tudo, aparece um novo rebento para me surpreender.

No transporte público acho que é o “point” da falta de educação, pode ser metrô, trem ou busão… A falta de educação insiste em reinar…

Sempre tem aquela pessoa sem noção que quando você está na plataforma esperando o trem chegar, como quem não quer nada o ser chega e para na sua frente para embarcar primeiro. NA SUA FRENTE! Não está nem aí se você chegou antes… E ainda por cima faz cara de paisagem, NA SUA FRENTE! A vontade é dar um pescotapa com toda a força possível e jogar o maledeto no vão, mas a gente que tem educação respira fundo e conta até 1.000.

Como se não bastasse, apesar do vagão estar lotado, as pessoas não entendem a frase “NA IMPOSSIBILIDADE DE EMBARCAR AGUARDE O PRÓXIMO TREM” e tentam realizar o sonho de estar em um show de rock e se jogar na multidão, aí a pessoa sai correndo e se joga pra dentro do vagão – também gosto quando a pessoa coloca a mão na parede de dentro do vagão pra dar aquele impulso esmagador.

Depois que já estamos previamente enlatados e passamos pela fase de ajuste de carga – quando o metroviário dá aquela freada brusca que ninguém cai porque essa possibilidade não existe, já que a lei da física de que dois corpos não ocupam um mesmo lugar, infelizmente, não se aplica dentro do transporte público – chega a hora mais difícil, SAIR DO VAGÃO.

Outra expressão que muitos não estão familiarizados é: “COM LICENÇA”, porque você pede, chora, grita, esperneia, tira a calcinha pelo pescoço, mas nada

faz com que o ser se mova… Ai você vai aos poucos tentando sair e quando consegue sai que nem uma rolha de champagne num estalo à gás – PLOC!

Pelo menos você está livre! E isso se repete TODO SANTO DIA!

Outra situação que me emociona é ir ao supermercado. Em primeiro lugar eu acho que só pessoas previamente habilitadas poderiam andar em posse de um carrinho, porque algumas pessoas largam o carrinho em qualquer lugar e não se importam se estão atrapalhando, jogam o carrinho na sua frente do nada, quase atropelam várias pessoas, sem contar aqueles que andam em alta velocidade. #MEDO!

E, todos nós, em algum momento, pegamos fila para alguma coisa – carregar bilhete único, banco, mercado, seja onde for – sempre tem alguém que não sabe respeitar a “zona de conforto” de cada pessoa e para no seu cangote e ainda fica te cafungando! DELÍCIA!

Não vou falar de todos os casos de falta de educação se não vou escrever pra sempre, mas tirando esses ainda existem uns clássicos, como:

– Atendentes mal humorados – ninguém tem nada a ver com seus problemas pessoais, seja educado comigo porque eu sou com você!

– A dormidinha no assento preferencial para não dar o lugar para quem precisa – essa é uma das campeãs.

– Jogar lixo no chão – irrita mais ainda quando a pessoa está a dois passos de uma lata de lixo, mas tem a cara de pau de jogar no chão.

– Liga a seta do carro (ou não) e se joga instantaneamente pra pista do lado sem olhar se tem alguém!

– Você está no limite de velocidade, mas a pessoa do carro atrás fica te bulinando com o carro grudado na sua traseira.

– Estacionamento de shopping (ou outro lugar) – você está a cerca de 10 horas esperando a vaga, quando alguém sai, chega um espertão DEITANDO O CABELO (para quem não sabe significa correndo, porque quando a gente corre o cabelo deita) e se joga na vaga como se tudo estivesse normal!!!

Entre outros…

E a educação???

MANDA LEMBRANÇAS!

Marcella

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To be continued…

“Não quero mais ir, vou ficar em casa, a minha vida é horrível, não quero ver gente…dá um jeito de vender o meu convite, por favor!”. Ela está no trabalho, entra no MSN, no facebook, no twitter e em todas as redes sociais possíveis e imagináveis para tentar vender o maldito convite.

Toca o celular e no meio de milhões de coisas para fazer no trabalho ela atende, com aquele humor que lhe é peculiar, já avisando que pode falar “mas BEM RÁPIDO!”. Do outro lado da linha, uma voz feminina histérica grita:

– “VOCÊ NÃO SABE QUEM ESTÁ AQUI E VAI HOJE NA FESTA?!?!”

– “Não faço a menor idéia e nem tô interessada, quero vender o meu convite, você sabe de alguém que queira comprar?”

– “O Rafael vai! Você acredita? E Você também vai, eu não quero nem saber, vocês têm que se encontrar!”

Então ela começa a relembrar daquela época, eles se apaixonaram sim, talvez mais ele do que ela, mas ela tinha consciência de que ele era uma das melhores pessoas que já havia conhecido, engraçado, inteligente, daqueles que você passa horas no boteco, bebendo cerveja, rindo a noite toda e o papo não acaba. Só que moravam a 600km de distância e quando se é mais jovem e se convive com tudo novo, é difícil se “prender” a alguém….

Milhões de coisas passaram pela sua cabeça: ”E se tivéssemos ficado juntos, será que teria dado certo?”, “E se eu não tivesse me deslumbrado com a vida de aborrescente-independente da época?”, “A gente tinha uma música!”, “Ele passava em casa pra me buscar nos finais de semana tremendo de nervoso e eu lembro que ele tinha uma fita no carro e gostava de ouvir e cantar “Chão de Giz”…”, “Por que eu fiz aquilo? Foi tão infantil da minha parte…”, “Ele tem raivinha de mim até hoje..talvez orgulho ferido, sei lá!”.  Se eles teriam dado certo? Isso ela não saberia responder….

O  fato é, ela chegou em casa e a idéia de vender o convite havia desaparecido completamente, tinha curiosidade de vê-lo depois de tantos anos. Por mais que quisesse negar, vestiu o seu melhor “modelito”, fez babyliss no cabelo e saiu.

O lugar era imenso e talvez não se encontrassem, já tinha até desistido da idéia, quando no meio da multidão, ela esbarra sem querer, justo nele, claro – “Até que o tempo lhe foi generoso”, pensou tentando não parecer tão empolgada com a situação. Em contrapartida, ele parecia que havia visto um fantasma, ficou completamente sem jeito, sem saber o que dizer, parecia que o tempo não havia passado. Ficaram a noite toda trocando olhares e conversando tímidos, feito dois adolescentes e ela que sempre diz “adorar um romance”, achou aquilo a coisa mais divertida do mundo!

O fim de semana passou e logo no início da semana seguinte ele tentou contato, e foi assim que voltaram a se falar, depois de tantos anos afastados, e ele voltou a fazer parte da vida dela, depois de todo aquele tempo que ficaram sem ter notícias um do outro….

 Se eles ficaram juntos no final? Não gente, aqui não é a estorinha da Bela Adormecida que casa com o príncipe e vivem felizes para sempre…além do que, é baseada em fatos reais, mudei os nomes e locais para preservar a identidade dos envolvidos. Mas cá entre nós, eu torço para que o melhor aconteça, pois adoro os tais “finais felizes”….vocês não?!?!

 @analicebm

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